terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Velho caminhão.

Há quem diga que mudar de casa frequentemente é ruim. Bem, ainda não experimentei essa experiência, mas admito que tentei sentir como é. Com uma mescla - boa? Só vocês poderão dizer - com o mundo dos relacionamentos amorosos, foi pensada uma separação inesperada. O velho caminhão não é só uma mudança... Pra quem consegue enchergar nas entrelinhas, vai saber que o caminhão na verdade é tudo que leva de você o que mais gosta. E aqui estão Ecos do Momento:

Velho caminhão.

Lá, ao longe, no cruzar do horizonte, contemplo...
Um velho caminhão. Arranca-me de mim mesmo.
Quero conter-me, frígido mostrar-me a todos...
Vejam-me como uma rocha, embora roída por dentro.

Peço-vos, lágrimas, esperem-no virar a esquina,
Eis o preço para vossa liberdade.
Bem sei que tudo será estranho, sem você...
Covardia. Cativou-me, mas não me ensinou o esquecer-te.

Quero sentar-me, remoer o passado, desabafar com paredes.
Quando a noite, fria, chegar, e com seus ventos atingir-me,
Clamo a solidão, e também a angústia: aqueçam-me.

... Velho caminhão leve-a com cuidado. Eu ainda a amo.
Peço-te, vá por seguras estradas, com muitos retornos, se possível.
Um dia, talvez, pode ela querer voltar. Eu estarei aqui.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Errante aprendiz.

Há erros que sempre cometemos. Não adianta tentar prevenir-se, pois errar parece ser mais forte - e também mais propício - do que a racionalidade, do que o fazer tudo da maneira que todos julgam ser correta. Há erros que nós gostamos de cometer, e o pior é que sabemos que tudo aquilo pode acabar não tão bem como planejamos... Enfim, como sempre acabou. Estamos cientes de todas as implicações que tal erro pode nos acarretar, e mesmo assim queremos cometê-lo novamente. Parece que ser humano é errar por todo o sempre, e chorar. Quem sabe a vida não é uma escola, onde sempre erramos e ainda assim somos aprovados no final? Bem... Pensando assim, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Errante aprendiz.

Por toda a vida procurei algo,
E julguei ter encontrado, ao teu lado.
À luz de teus olhos, mesclado com doces afagos,
Vi mudar meu mundo, e meus sonhos.

Apaixonado por natureza,
Revi velhas companheiras – Lágrimas.
Que ainda hoje insistem em cair
E traçar seus caminhos sobre minha face.

Entreguei-me por completo aos seus sorrisos
Meu erro... Por sinal, fatal; e meus vícios perderam-se...
E os reencontrei em teu calor e nas linhas de teus lábios.

Dia após dia vivo; e o tempo me guiará a tudo.
E o vento, levemente me levará de ti,
... E também as lágrimas que insistem em cair.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O vento e as folhas.

Fantasmas, muitos dizem que não existem. Jurei por toda a vida também não existir, às vezes por questão de medo. Quando criança, queria encorajar-me, afirmando a não existência de tais seres. Bem, cresci, e os fantasmas são tão reais quanto a minha própria vida. Porém, eles são diferentes de como pensava. São bem mais assustadores, e a capacidade de nos afetar é bem mais forte do que imaginamos. Um simples objeto, foto ou até mesmo um momento é um chamativo para os fantasmas. Fantasmas são as lembranças que não desejamos, os momentos que desejamos reviver e não podemos, a vontade de querer gritar "eu te amo!" novamente, e ter de calar dentro de si... Pensando nos fantasmas que descrevi, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

O vento e as folhas.

Vento, baixo sol e belas árvores.
Vê, estou aqui, sentado e à mercê de tudo.
A vida passa, e o tempo se vai...
Mesmo entre multidões, solidão tem sido meu mundo.

Consegue ouvir? Esta é minha distração...
É o som de folhas, conduzidas pelo vento.
Elas não têm escolha. O acaso lhes pertence.
... Pensam que estão seguras, vem o vento e as vence.

Quero ignorar-te, e fazer de ti um passado...
Eu tenho me esforçado... E por mais que tente,
Lembro-me de teu sorriso, e começo a pensar que nada está acabado.

Ao menos, volte. Pra ficar, não sei se é o melhor...
Peço somente que leve de mim seus restos, os cacos de nós dois,
E seu fantasma, tal qual o vento e as folhas.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Banco de praça.

Em conversas com uma amiga, Daniela, ela me disse o que sentiu quando viu em uma pracinha um casal de namorados. Foi uma conversa engraçada, e também reflexiva. E para mim, também inspiradora. Pensando na conversa, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Banco de praça.

Lembro-me perfeitamente.
Abraçados, beijamo-nos. O tempo sorriu para nós...
E presenteou-nos levemente...
E Ledo foi o engano: Confie, desfrute. Será eterno para vós.

No maior dos teatros, estávamos – O mundo.
Calaram-se os ventos, e num instante
Todos os elementos, um a um, perante
Nós, admirados, alegravam-se – Nós, o centro de tudo.

Memorável tarde, o espetáculo a nós pertencia.
Aplausos podiam-se ouvir, ensinamos com ousadia
O que em quentes carícias detínhamos: A alegria.

Firme seja a memória, conserve-se nela
As proezas de dois loucos corações. Que sempre bela
Permaneça. E minhas tristezas leve o vento, em forma de canções.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu serei.

Há coisas na vida que cansam. Você não suporta mais a situação, e não vê a hora de tudo ir pro espaço, se acabar logo de uma vez! Não interessa quem, ou o que você irá perder ou afetar, mas você somente procura a cura. E no compasso desse desespero, você fala, externa coisas que apertam seu interior. Pensando nisto, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Eu serei.

Recordo-me com saudade de tudo que se foi.
A terra fendeu-se, não há chão.
Os Céus emudeceram-se, e somente assistem...
E penso que não existe solução.

Jacto, desisto. O belo inexiste.
Os maus sorriem em inolvidáveis castelos,
Brindam o silêncio dos bons e sobre o mundo, triunfam.
É somente para os bons, o sofrimento?

Se há o Bem, invoco-lhe. Exijo-lhes a paga!
Jamais feri, e o meu pecado foi o amar intenso.
Condenaram-me por tal. Justiça? Se há, manifeste-se. Quero vê-la.

Nada mais me importa. Danem-se a sepultura e o riso!
Destemido estou, e não penso em parar. Rasgarei os Céus e o mundo!
Reconheçam-me quando falarem: Ele falou o que tememos falar.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Crepúsculo.

Longe de ser um impulso causado pelo recente filme (Eu ainda não assisti). Na verdade, é uma denúncia própria. Quando planeja-se coisas, que não dão certo, sentimos uma leve rejeição própria, por dar créditos a pensamentos, planejamentos que não vingaram. Por muitas das vezes, até mesmo receio de tentar planejar novamente. Podemos sentir que o vento é sempre mais forte que nós, e que sempre levará nossos castelos de areia. Sempre e sempre. O tempo é que dirá se é pressão momentânea, ou uma dura realidade. Envolvido por tais pensamentos, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Crepúsculo.

Dilacerou-se a fé em mim, e não mais creio, enfim.
Não ambiciono delícias, sorrisos e felicidade.
Pelas ruas se vão meus sonhos; minhas quimeras.
Perdem-se. Sei que não voltarão.

Pequenos, simples, desejados, amados por mim.
Sonhos vis, que construí em noites alegres.
Doces fantasias. Moldavam-me a vida.
Pretextos, pra não viver sem direção.

Os raios da manhã iluminam-me a face...
Inicia-se o dia, e já me ponho à tua procura.
Acompanho-te em pensamento. Eis minha maldição.

Um dia, irei achar-me. Deveras, anseio pelo momento.
Inerte encontro-me, jacto ao vento...
Conduza-me ao belo, brevemente, peço-te. O crepúsculo sufoca-me...


(Lucas do Nascimento Magalhães)

domingo, 1 de novembro de 2009

Canção alegria.

Muitos são os que já sorriram pro mundo, destruídos por dentro. Alegria, risos que escondem o que se passa, lá no íntimo... Sei que não sou um caso extraordinário neste assunto. Pensando nisso, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Canção alegria.

O que era, não é. Poderá ser, talvez.
Tenho pressa de mim mesmo.
Conforto-me, e mesmo assim meu olhar incita,
Grita por dias de glórias... Tenho sede de glória.

Achego-me a janela. Ouço passos, vejo sorrisos...
Rostos felizes me consomem. Que há de errado com eles?
Não compreendo, muito menos vivencio; evito.
Solidão, o erro que virou vício.

Loucos, desvairados... Vivem alucinações!
Porque não ouço a música que os vejo dançar?
Vê-los é tortura. Da canção alegria, não faço parte.

Meu coração fecha-se. Condescender é tolice.
Vedes? Lá fora, entre os homens, há luz.
... Sinto as gotas do temporal.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Carta aos Céus.

Sempre foi de minha vontade, ir de encontro à Deus. Estar em Sua presença, conversar, contar-lhe coisas do dia-a-dia, e pedir-lhe favor, que é uma das coisas que mais faço. Pensando nisto, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Carta aos Céus.

Em uma tarde ordinária, vazia,
Sentei-me e admirei tudo em minha volta. E por dentro... Sofria.
Com meus olhos, fitos na imensidão do céu,
Em meu íntimo, expus-me ao inventor da felicidade:

“Bem sei que Ele vê meus desejos, bobagens do meu coração.
... Mesmo assim, quero achegar-me. Dizer-lhe coisas...
Fazer-lhe saber de tudo, tudo o que necessito
Pra ser feliz e sorrir novamente. Favoreça-me Deus!

“A dúvida devora-me o espírito, e a paz não se acha comigo.
Alegro-me, e tento sorrir. Em vão...
As tormentas me derrubam, levam-me ao chão. Deus, escuta-me...

“Lembra-te de mim, Deus, e devolva-me o riso, o vigor...
Espero Pai, por teu favor. Não te demores, salva-me! Antes que venha a noite...
Pois a brisa levou de mim os castelos, que em sonhos, construí.”.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cinzas de rosas.

De tudo que se vive, e acaba, resta sempre isso: Lembranças. Com rosas, não é diferente. Nascem rodeadas de sorrisos, e também da inveja alheia. Crescem, e todos creditam um belo futuro, porém, nem sempre é isso que ocorre. Pensando nisto, escrevi. Eis aqui ecos do momento:

Cinzas de rosas.

Rosas, deveras invejadas,
Antes vermelhas, mais que tudo.
Ainda tenho delas, na memória, resquícios,
Resquícios de um passado inglório, defunto.

Foi-se pouco a pouco, morrendo,
Desfazendo-se em minhas próprias mãos.
O vermelho, forte, aparentemente inabalável,
Desbotou-se, e a rosa fez-se em cinzas, até o chão.

Entre meus dedos, desfez-se.
Tentei, com o braço humano, em vão, salvar...
Decepção. Lágrimas e cinzas abraçaram-se.

Peço-te, Senhor dos ventos, leve as cinzas...
Leve consigo tudo aquilo que eu não quero mais recordar.
... Leve as cinzas de rosas.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

domingo, 25 de outubro de 2009

Bastidores da aflição.

Há coisas que jamais entenderemos, estão além do nosso compreender comum. São tantos os porquês que nos trazem dor... Nos deixam sem respostas, ou ação. Mesmo que seja grande a nossa fé, é difícil enfrentar tantas provas. E o tempo parece não querer apagar as cicatrizes que levamos, e só pensamos, quando toda dor findará. Sem mais, somente ecos:

Bastidores da aflição.

Temo pelo meu futuro.
Temo, por amar mais do que posso suportar,
Por tornar o coração deveras pesado, e talvez,
Por descuido não possa mais carregar sem alguém para ajudar-me.

Luto, cada fim de noite, incessantemente
Contra um inimigo que não se pode ver, tocar...
Tormentos inúmeros vêm anunciar-me
Que ainda estás aqui, dentro de mim... Comigo!

Sinto a cada amanhecer, que tudo pode alterar-se.
Porém, quando a noite cai, sombria, fria,
Deprimo-me. Bem sei que é para mim o início da dor. Desfaleço...

Em uma manhã comum, incolor, como tem sido, irei ver-te, amado inimigo.
E intentarei para conquistar tudo o que dantes, pertencia-me.
... Tornarei a viver. Ou cantarei para a morte, e o amor sairá de mim.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Despedida.

Mesmo que não pensemos na situação, ela virá. Certamente, cada um de nós passaremos por esse momento, tão somente não sabemos quando, mas, passaremos. E, conversando com um amigo meu (Que teve participação no final do soneto, no tocante a palavras para inspiração do autor), Érick Ávila (Sweet Dreams), escrevi. Eis aqui ecos do momento:

Últimas palavras.

Sim, cheguei à conclusão que nada vale a pena.
Direi a todos que estou satisfeito,
Mas a vida não teve graça, não teve efeito.
Arrasto-me lentamente para o fim de meus dias.

O amor, o passatempo mais eficaz;
Tudo se pensa dele, mas nada perfaz.
A felicidade, transitória. Mais veloz que o vento.
Finaliza-se o vendaval, e a dor é o centro, de tudo.

Ilusório são os sorrisos, lapsos de um contentamento que não existe.
Tentam por si só afagar dores, porém não nos trazem as cores...
Cores, que nos salvam de um mundo preto e branco.

Com lágrimas, lhes digo: sei o que é viver.
Esperançoso, caminho, sem temer. Passarei para um lugar mais feliz.
Irei, confiando que na morte está o desejo dos homens: a paz.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Conversa de amigos!

Quem nunca teve uma? Quem nunca voltou pra casa mais feliz, por ficar horas e horas rindo com amigos? Conversando com um amigo, Rodolpho, sobre nossas paixões, atitudes, do que um dia amamos e que ainda gostamos, e também do que não gostamos mais, me envolvi pelo momento, e refleti. Eis aqui os ecos deste momento:

Odeio você.

Vento, eu odeio o vento.
Quando sopra, e acaricia meu pescoço,
Lembro-me de épocas remotas
E sei que não acabou por completo, meu amor por você.

Pensamento, som e voz. Odeio todos eles...
O som, belo, e uma voz suave
Cativam-me a memória, que de bom grado recorda,
Uma velha e bonita história, que eu quero esquecer.

Eu te amo, muito, mas tenho que odiar-te.
Às vezes penso como pude ir tão longe, e ser capaz de enganar-me,
Acalmando-me o coração, com tais palavras: - Tu não pulsas mais por ela.

Mesmo sofrendo, amando-te no íntimo, em silêncio,
Não quero que saibas disto; não quero que saibas de meu amor por ti.
Antes o ódio contra ti, do que te amar e ferir-me.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Futuro.

A vida é um eterno planejamento. Tudo, ou quase tudo que fazemos, pensamos no futuro. Tem vezes, que por ansiedade, queremos nos transportar até ele, e ver como estaremos lá, ou simplesmente queremos voltar ao passado, porque não gostamos do rumo que nosso futuro traçou ao longo do tempo. Pensando no futuro, escrevi:

Futuro, o futuro.

Eu ainda consigo me imaginar
No infinito,
De mãos dadas com você.
E isso me parece fácil.

Consigo nos ver apaixonados
Abraçados, unidos, apegados,
Eternamente, inseparavelmente...
Eu consigo nos ver assim.

Eu ainda nos vejo sem tempo...
Entregues ao vento,
No mais longo beijo.

Consigo ver o que não é segredo...
Um amor gigante, entre nós.
Consigo nos ver, como somos.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

sábado, 17 de outubro de 2009

Anjo?

Em uma noite dessas, eu estava conversando com a Gabi, minha amiga, sobre diversos assuntos. E no decorrer da conversa, não sei se brincando, ou de verdade, me perguntou se eu seria um anjo. Ela saiu da conversa, e se foi. E eu refleti nas palavras dela e no momento que vivo, em minha vida. Movido por tais pensamentos, questionando a mim mesmo, escrevi:

Clandestina felicidade.

Anjos consolam, anjos unem.
Anjos vêm trazer alegria aos homens.
Anjos, mensageiros, fiéis conselheiros,
Não vivem para si, e sim para interesses alheios.

Gratificante é para um anjo,
Ver o notável fruto de seu esforço.
Anjo vive para sorrir, unir, fortalecer,
Felicitar-se no sucesso de outros.

A vida é deveras injusta com um anjo.
Anjos não são amados, são meros espectadores.
Eles sorriem com o amor alheio, e sofrem com nossas dores.

Queres ser um anjo? Saiba que não é para qualquer um.
A vida aponta e convoca quem ela julga ser capaz disto:

Enxugar lágrimas de outros, enquanto as suas caem pelo rosto.

(Lucas do Nascimento Magalhães)


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Paixonite aguda.

Quem nunca sofreu dessa doença? É uma doença tão comum quanto um resfriado, e os sintomas são bastante variados, e conhecidos. Pessoas com boa imunidade, e com imunidade baixa, tem os mesmos percentuais de risco de contaminação. É uma doença que não podemos nos prevenir, e que é benigna. Somente em alguns casos que ela se torna maligna, que é o caso da não reciprocidade. Pensando nessa doença, e também quando contaminado por ela, escrevi:

Passatempo.

Fecho os olhos e imagino.
Respiro mais leve, sinto um alívio.
Sinto sair de minha boca um brando sorriso,
E por um momento, alucino.

O vento parece mais frio...
Mas não é ele que trás o arrepio.
O lugar? Não importa.
Naquele momento não é ali que vivo.

Só quem ama tem o privilégio
De morrer pra realidade
E sonhar à vontade, acordado.

E é vivendo assim que somos felizes.
Agonia é viver a realidade,
Sem os utópicos delírios.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Felicidade: Nosso eterno objetivo, e meu lema pessoal.

Há uma frase que diz: "Nem tudo que reluz, é ouro.". Hoje compreendo essa frase como ninguém. Sou novo, mas penso que já vivi coisas lindas, assim como momentos desastrosos, e uma coisa afirmo: Infeliz, não sou, e jamais pretendo ser. Em um de meus momentos felizes, singelamente permiti que meus dedos transcrevessem tudo aquilo que minha alma, silenciosamente gritava por toda parte. Sei que os apaixonados irão identificar-se de começo, mas esse soneto serve para todos, sim, para todos os que esperam ter na vida um amor imperfeito, porém que complete e forneça sem limites o que precisamos para sermos felizes.

Somente a certeza.

Noites em claro, pensamento avulso...
O desejo vence o sono, que parece não mais existir.
Das doces frases virão os suaves sussurros...
Prova que o melhor está por vir!

Verei o brilho de seus olhos, mais uma vez.
Terei clara convicção de que isto não é um sonho.
... E em pensar que temia o futuro,
Se ele que parece ser para nós, tão risonho...

Belos serão os momentos, os momentos!
Neles não se acharão imperfeições,
O mundo cairá no esquecimento!

... Risos virão dizer-nos onde mora a felicidade,
Que numa breve realidade,
Há de se tornar, e habitar entre nós: Você e eu.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

Momentos de saudade...

O tempo trás consigo coisas que nos são de grande utilidade, que nos fazem crescer no intelecto, na experiência, enfim, o tempo nunca nos permitiu permanecer firmes, rígidos em nossas idéias e conceitos. A cada dia somos lapidados por ele, e isso nos move. Nesse processo de lapidação, é de nosso desejo que sempre melhoremos, que nos tornemos melhores que antes, mas nem sempre é isso que acontece. E essa lapidação dá-se também na maneira de externar, expressar, reagir, diante de certos sentimentos. Pensando nisto, eu escrevi:

Amor menino.

Sinto falta do amor menino,
Dos calafrios,
Dos arrepios,
Do medo sem sentido.

Sinto falta das cartas anônimas,
Mensageiras do riso descontrolado.
Sinto falta da falha na voz,
Por simplesmente estar ao seu lado.

Sinto falta do gostar inocente,
Do sorriso envergonhado,
Mas da alegria mais que aparente.

Sinto falta do que se vai indo,
E se perdendo ao longo do tempo.
Sinto falta do amor menino.


(Lucas do Nascimento Magalhães)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tempos de,

Fortes pensamentos... Que, fatalmente me acompanham ao deitar. Certa madrugada, tomado por eles, escrevi:

Marcapasso do silêncio.

Alegria! O tempo se vai esgotando
Nostalgia, o que me mantém confiando.
Satisfação. Meus olhos se fecharão,
E não mais te verão; obra da ruína!

Ainda esbanjo certeza:
Será em uma linda manhã.
No grande encontro, sem mais nem menos
Estarão presentes o pranto e o desespero.

Que todos entendam, é o que mais quero.
Não fui eu caminhar com o medo,
E sim contemplar a morada do silêncio.

A todos cativa, domina e acolhe.
Um, dois! Um, dois! Eis aqui o grande apelo:
"Expire e venha. Te darei sossego.".


(Lucas do Nascimento Magalhães)