sexta-feira, 9 de julho de 2010

O tempo se vai,
E leva consigo, furta tudo aquilo
Que um dia me fez forte.
Me faz não entender,
E meus olhos quase fecham-se...
E já se foi mais um dia.
Lá vem, um tanto manso
E decidido; o sono: a brincadeira de morrer.
Morrendo por morrer,
Morrendo sem querer,
Morrendo pra esquecer,
Morrendo pra aquecer.
Morrendo, abreviando o amanhecer...

Estou morrendo todos os dias sem você.

(Lucas Magalhães)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Hoje eu farei tudo diferente.
Amasso, jogo fora todas minhas palavras!
Pois, por mais alto que seja meu grito,
(Mesmo sendo forte o suficiente
Para que você possa ouvir,
Ou um tanto desesperado,
Para que possa a todos atingir,
E talvez convicto,
A ponto de fazer refletir)
De nada vale se ainda estou só.

(Lucas Magalhães)

sábado, 29 de maio de 2010

Não se importe comigo.
Ignore-me, e a lágrima que desce
Banhando minha face triste...

Isso é amor,
Logo passa.


(Lucas Magalhães)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

2009.

"Qual foi o melhor ano de sua vida?", uma vez me perguntaram. E eu lhe falei que era 2008. De verdade, eu viveria 2008 novamente, sem medo algum... Talvez eu não soubesse o que viria pela frente no ano seguinte. Quem sabe, Deus me fez responder 2008 por saber que logo após viveria coisas incríveis - das quais peço à Ele mesmo que me faça esquecer, e ainda sigo esperando as demoras dEle. Pensando nisto, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

2009.

Cecília, suas palavras te denunciam...
Gritam pelas ruas que o tempo passou,
E que nós não somos mais os mesmos... Éramos tão fortes,
E hoje cacos se esforçam para contar nossa história e não deixá-la ir.

Cecília, eu te encontraria todo domingo,
E veria a tarde cair de sua varanda, com você,
E diria, “Sabia que te amo muito?”, em seu ouvido,
Quantas vezes você quisesse ouvir, quantas quisesse ouvir!

Cecília, eu queria estar longe o bastante pra não ver
Nem mesmo ouvir você dizer: Não mais te preciso, amigos?
Cecília, acho que acabou... E ainda insisto em tocar velhas canções.

Não te esqueço, Cecília. Cecília... Por mais que o tempo passe
Eu sempre estarei com você em sua varanda,
Vendo a tarde cair... Eu sempre estarei com você em 2009.

(Lucas do Nascimento Magalhães)


quarta-feira, 3 de março de 2010

Passou-se tanto tempo...

Passar o tempo, deixa-lo ir nem sempre resolve os problemas. O tempo não cura, apenas tira o incurável do centro das atenções - uma vez disse um sábio. Concordo fielmente com tal afirmação. É um leve vento, ou uma velha foto, quem sabe uma repetida música nos fazem crer que o tempo não é nada, e sim o que realmente se passa por dentro - se o corte transformou-se em cicatriz, ou não. Pensando nisto, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Passou-se tanto tempo...

Passou-se tanto tempo
E sua voz continua a ecoar... Só aqui, só em mim.
Foram tantos os momentos
Que lembro de teu rosto em todo lugar.

Tantas frases e palavras eu te disse
E todas se perderam ao vento.
Foram tantas promessas quebradas...
E continuo vivendo... Sem ti.

Foram tantas as lágrimas, que não choro mais...
Desceram todas por te ver partir e nada poder fazer.
De mãos atadas, restou-me sorrir e tentar esquecer.

Foram tantas vezes que quis e tentei não sofrer,
Por imaginar-te ao meu lado e ver apenas minha sombra,

Aguardando pela tua. Passou-se tanto tempo...

(Lucas do Nascimento Magalhães)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

In Memorian, Eternamente...

Há coisas fortes no viver. Disso, ninguém discorda. Se assim não fosse, qual o motivo da intensa busca pelo viver? Que há de bom em viver? Vejo fome, miséria, violência por aí... E porque ainda querem viver? Às vezes eu penso que o ser humano é maluco demais pra desejar viver, mesmo só podendo enchergar desgraças e falta de bons motivos pra se alegrar. Em alguns momentos de reflexão, podemos chegar ao ponto de não mais achar graça pra viver, pois de bom, poucas coisas há no mundo. Pensando nisso, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

In Memorian, Eternamente...

Pode-se ouvir a melodia dos perdidos,
Ao longe... Lenta, suave e triste.
Calados caminham os condenados...
Sabendo que a eternidade não mais existe.

Nem o maior devaneio convence,
O céu é pequeno demais para nós...
Então, por que caminhar para subir?
Seria apenas mais um anjo a cair.

Você é o mais perto que cheguei do paraíso,
E a eternidade não mais faz sentido sem você...
A melodia torna-se cada vez mais forte.

Dancemos e cantemos, é esse o tempo.
Antes que o fogo faça-nos silenciar pra sempre...
E nossas cinzas o vento tomará para si.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Flores Com Palavras.

Realmente dia 18 de Janeiro é sempre um dia marcante para mim. É o dia que nasceu minha falecida vó, e também o dia que "conquistei minha maior derrota". E, esperei até este dia pra postar e não me pergunte o motivo, pois eu não vou saber responder. Mas... Quem sabe dia 18 de Janeiro se torne especial pra vocês também? - não só dia 18, mas todos os dias de nossas vidas. Todo dia é dia de conquistar, lutar e também cair. Cair, para que a pancada faça-nos sentir que estamos vivos... E não mortos. Agora, Pense e reflita... Se depois da morte, pudéssemos escrever algo, ou deixar um recado para um alguém, o que escreveríamos? Pensando nisso, escrevi. Eis aqui os Ecos do Momento:

Flores Com Palavras.

Quando minha voz calar,
Feche os olhos e sinta...
“Eu te amo tanto”, dizia,
E você não pode ouvir o som de minha voz.

Quando nos teus ouvidos,
Suavemente soarem ecos,
Ouça-os, e sorria... Sorria por mim,
Pois você foi tudo o que eu sempre quis.

Quando a chuva cair em teus cabelos,
Marcar todo teu corpo, e o chão inundar, reflita...
Assim caíram as lágrimas de meu rosto.

Quando o vento bater, e o sol não mais brilhar,
Venha, e traga flores com palavras a me ofertar.
Da luz à escuridão vaguei para te encontrar... E me perdi.

(Lucas do Nascimento Magalhães)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Inglória.

Todos já tiveram uma noite mais longa do que de costume. Não importa o motivo ou circunstância, mas tudo resulta em noite longa e pensativa, também. Nada que você faz trás o sono, e realmente parece uma tortura. E você convence de que não conseguirá dormir, até que próximo do raiar do sol, o sono vem - nem sempre. Com este pensamento, escrevi. Eis aqui Ecos do Momento:

Inglória.

Minhas noites se perdem, e entre as estrelas
Se vão minhas perguntas,
E a todo tempo tento desenhar – em vão –,
Respostas que somente me façam acalmar.

A verdade me dói, é incômoda.
Lágrimas me fazem perceber
Que não consigo entender
O motivo de trilhar sozinho a estrada.

Talvez o problema não seja comigo,
E isso tudo é apenas forte solidão.
O amar demais é erro sem perdão?

A dor não dorme e martiriza,
Me faz descrer que um dia eu consiga
Encontrar alguém que faça morrer você em mim.

(Lucas do Nascimento Magalhães)