sábado, 29 de janeiro de 2011

Caminho da praia

Ventos inconsolados e mar revolto
Eram bem notados de todos os pontos;
E em momento algum havia sossego.
O caminho havia se fechado, perdido
Sob montes de areias movidas em súbito.

Tempos de coração pequeno, apertado,
Sangue e água mesclavam-se ao cair da tempestade
E da vida não esperava-se mais nada obter.

“Deus, onde te escondes que não me respondes?
Se És, vem e sara.”

Ainda lembro das mãos, pequenas, brancas e frágeis.
A tempestade parecia rugir com mais furor,
E os ventos contra conspiravam, querendo me fazer parar.
Não me senti mais seguro e nada parou,
Mas a tua presença me fez querer ser, me fez – e faz – mais forte,
Mostrou que era possível, que eu poderia enfim voltar.

No começo, meus pés ainda inseguros,
Embora quisessem transparecer força, tremiam.
Prometi sorrir sempre que preciso, ainda que
O brilho de tudo isso fosse mais uma miragem, irreal...
E parecia destinado a afundar no caminho da praia,
De alguma maneira tive medo que você fosse embora.

Veja, meu amor! Vem e vê
Que hoje sou livre e decidido.
Faltam-me coisas e nada me faz falta,
Pois a gratidão tudo supre.
Lembro dos meus passos outrora errantes,
Agora aprendi novamente a andar.

Sei o quanto me custa silenciar a voz
Quando te vejo,
E até mesmo me fogem todas as palavras
Por não sabê-las usar, formá-las e te fazer entender
E provar o quanto a vida me é leve
Por você estar aqui.

Fizeste encontrar comigo mesmo
E me cativas-te a vir.
Ergui, andei, e hoje estou aqui,
No lugar que sempre procurei e quis estar...
Não vou mais sair.

(Lucas Magalhães)

3 comentários:

  1. Tava inspirado hem?!

    Acho que entendi todo o significado. Mas deixarei que os outros entendam por si só.

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  2. Ah, Itarcio... Eu imaginei, senti e entendi. Só eu posso haha

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  3. selinho pra vc no meu blog!
    beijooss

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